Em nossos estudos e serviços realizados em campo temos notado que quando colocamos ânodo de sacrifício com o cabo de cobre nú o mesmo tende a ser consumido muito rápido, devido a ser menos nobre que o cobre. Com isso, vemos que sua aplicação não é tão eficiente, mas alguns projetistas adotam essa técnica e para fins de colaboração, segue um informe técnico abaixo.
Os ânodos usados em sistemas de proteção catódica podem ser de ligas de zinco, alumínio e magnésio. O principal objetivo de um projeto de sistemas de proteção catódica é fornecer proteção contra corrosão aos equipamentos ou estruturas, observando as seguintes considerações:
– Projetar um sistema de ânodos compatível com a vida útil do equipamento ou estrutura prevendo sua manutenção ou troca periódica destes ânodos;
– Minimizar a interferência de corrente do sistema nas estruturas enterradas situadas em sua vizinhança;
– Projetar um sistema que possibilite a alteração na intensidade de corrente requerida pelo sistema manual (em inspeções) ou automática (em função do monitoramento contínuo mediante sensores locais);
– Instalar os ânodos de forma a minimizar a possibilidade de que estes venham a ser movidos ou danificados pela ação de terceiros;
– Prever a instalação de pontos de teste de tal forma que o monitoramento do sistema seja feito da maneira mais fácil e rápida possível;
– Reconhecer as condições de riscos dos locais e selecionar/especificar materiais e procedimentos de instalação que garantam condições seguras de instalação e operação;
– Selecionar e especificar materiais e procedimentos de instalação que garantam uma operação adequada e economicamente viável durante toda a vida útil do sistema;
– Selecionar locais para a instalação que minimizem gradientes de corrente ou de potencial, os quais podem causar danos a estruturas enterradas ou imersas;
– Especial atenção deve ser dada à presença de sulfetos, bactérias, revestimentos não convencionais, elevadas temperaturas, solos ácidos e metais dissimilares;
– Verificar a disponibilidade de energia elétrica no local de instalação do sistema;
– Avaliar a capacidade de isolar eletricamente outras estruturas já existentes no local de instalação do sistema;
– Evitar níveis excessivos de proteção catódica que podem causar o descolamento do revestimento, assim como possíveis danos a aços de alta resistência devido à evolução de hidrogênio.
FUNCIONAMENTO DO ÂNODO GALVÂNICO OU DE SACRIFÍCIO
Neste tipo de sistema os ânodos são conectados à estrutura a ser protegida individualmente ou em grupos. A quantidade de corrente fornecida por estes ânodos é limitada pela resistividade do eletrólito e pelo potencial existente entre a estrutura a ser protegida e o ânodo. Estes ânodos são confeccionados, de maneira geral, em ligas de magnésio, zinco ou alumínio.
A seleção do sistema de proteção catódica a ser utilizado deve levar em conta, principalmente, a resistividade elétrica do meio (eletrólito). Outros aspectos a serem considerados são:
– A intensidade da corrente de proteção requerida;
– correntes parasitas causando flutuações na estrutura/solo que podem inviabilizar o uso de ânodos galvânicos;
– Efeito de correntes de interferência oriundas do sistema de proteção catódica em estruturas adjacentes, que podem limitar o uso de sistema de proteção por corrente impressa;
– Disponibilidade de fontes de energia elétrica no local;
– Projetos futuros de expansão do sistema;
– Custos de instalação e manutenção.
PONTOS IMPORTANTES
– Os materiais utilizados nos ânodos possuem diferentes taxas de deterioração de acordo com o eletrólito onde está instalado. Assim, a vida útil do ânodo vai depender do material de que é feito, do eletrólito onde está instalado, da massa dos ânodos e do número de ânodos instalados para uma determinada estrutura a ser protegida.
– Dados já existentes sobre o desempenho de ânodos podem ser utilizados para se obter uma provável taxa de deterioração;
– Dados de dimensão, profundidade de instalação e configuração de ânodos, combinados com a resistividade do eletrólito podem ser utilizados para cálculo da resistência existente entre o eletrólito e o leito de ânodos. Fórmulas e gráficos relativos a estes fatores podem ser encontrados na literatura e no catálogo dos fabricantes;
– O projeto de sistemas de proteção por ânodos galvânicos deve considerar o potencial solo/estrutura, a resistividade do eletrólito, a saída de corrente e, em alguns casos, a resistência do fio de contato do ânodo;
– O desempenho de ânodos galvânicos, em muitos casos, pode ser melhorado pelo uso de um material de preenchimento (backfill) adequado. Gesso, bentonita e sulfato de sódio anidro são materiais normalmente utilizados;
INSTALAÇÃO DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO CATÓDICA
A instalação do sistema de proteção catódica deve ser realizada de acordo com as plantas e especificações do projeto.
SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR ÂNODOS DE SACRIFÍCIO
A inspeção, o manuseio e o armazenamento dos ânodos galvânicos devem ser feitos de acordo com as seguintes recomendações:
– Ânodos empacotados devem ser inspecionados e medidas tomadas para se certificar de que durante a instalação o material do backfill está envolvendo completamente o ânodo. O envelope que abriga o backfill e o ânodo deve estar em perfeito estado. Se os pacotes de ânodos forem fornecidos em embalagens à prova de água, estas devem ser removidas antes da instalação dos ânodos. Durante o armazenamento, os pacotes de ânodos devem ser acondicionados em local seco;
– Os cabos devem estar seguramente conectados aos ânodos. Estes cabos devem ser inspecionados para se verificar seus perfeitos estados;
– Outros tipos de ânodos galvânicos como os do tipo bracelete ou fita devem ser inspecionados quanto a suas dimensões conforme especificado no projeto, garantindo que nenhum dano ocorrido durante o manuseio afete o funcionamento.
INSTALAÇÃO DE ÂNODOS DE SACRIFÍCIO
A instalação dos ânodos galvânicos deve ser feita de acordo com as seguintes recomendações:
– Os ânodos devem ser instalados segundo as especificações de construção;
– Na instalação, os ânodos empacotados devem ser envolvidos por material adequado. Deve-se tomar cuidado para que durante a instalação os cabos e as conexões não sejam danificados. Deve haver folga suficiente no cabo para que o mesmo não fique tensionado;
– Nos locais onde forem utilizados ânodos do tipo abraçadeira (em geral, tubos), os revestimentos existentes devem estar livres de falhas (holidays). Deve-se cuidar para que na instalação deste tipo de ânodo não ocorra dano do revestimento;
– Onde forem usados ânodos do tipo fita, estes devem ser colocados paralelos à seção a ser protegida.
CRÉDITOS
NBR 9358:1986 Ânodo de liga de zinco para proteção catódica
NBR 10388:1988 Ânodos de liga de alumínio para proteção catódica
Estudos Técnicos FAW7 111876AS
NTS 197:2002 / SABESP – Sistemas de proteção catódica – operação e manutenção
NBR 9358:1986 Ânodo de liga de zinco para proteção catódica.
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