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Aterramento de linha de transmissão – cabo contrapeso

O sistema de aterramento de uma torre de linha de transmissão de energia elétrica deve cumprir as obrigações técnicas e normativas, além de proteger pessoas/ equipamentos contra descargas, surtos elétricos, potenciais de toque e passo.

O aterramento de uma linha de transmissão deve ser desenvolvido através de um estudo onde a premissa básica é o conhecimento do solo, sendo esse realizado através da medição da resistividade.

Os principais materiais que compõem o sistema de aterramento são: estrutura metálica da torre, cabo guarda e suas descidas, grelhas, stubs, parafusos e fundações.

MATERIAIS ESPECÍFICOS

a) Cabo de aço cobreado de 4AWG com 30% ou 40% IACS ou cabo de aço galvanizado de 4ABWG;

b) hastes de aterramento de 5/8x2400mm de alta camada 254 mícrons ou haste cantoneira de 7/8 x 1/8 com conector bifilar;

c) conjunto de solda exotérmica para realizar a conexão entre os cabos e as hastes de aterramento, sendo o conjunto composto de molde grafite para solda cabo x cabo tipo PT4AWG, cartucho para solda, alicate para molde, acendedor e acessórios;

d) gel despolarizante para o solo a base de bentonita, sulfato de cobre e gesso para reduzir a resistividade do solo;

e) conector ou presilha bifilar de aço de 7/8 com parafuso e porcas para fixação junto na torre da linha de transmissão.

METODOLOGIA APLICADA 

O eletrodo em contrapeso é o método mais utilizado para a realização dos aterramentos voltados às linhas de transmissão. Fica a critério da proprietária da linha a escolha do método de aterramento a ser utilizado, embora deve-se a analisar o fator técnico/ econômico (NBR 5422, 1988 p.19).

A Norma NBR 5422 é o documento normativo responsável pelas diretrizes de confecção de projetos de redes de transmissão aéreas, sendo ela responsável pela normalização dos métodos de aterramento destinados às linhas de transmissão.

Alguns itens desta Norma destacam aspectos importantes para o dimensionamento da malha de aterramento das estruturas de uma linha de transmissão. A Norma esclarece que o aterramento projetado deve atender aos índices de resistência de aterramento que sejam capazes de garantir um desempenho de segurança satisfatório, tanto para o sistema quanto para terceiros (NBR 5422, 1982 p.19).

 

CONTROLE DOS POTENCIAIS

Para garantir a segurança, de pessoas e animais que possam trafegar próximo aos locais em que as torres se encontram, dois fatores devem merecer grande atenção: tensão de toque e tensão de passo. Estes parâmetros garantem a segurança dos seres vivos que trafegam nos arredores da LT. O potencial ou tensão de toque pode ser definido como a diferença de potencial entre um ponto da estrutura onde está situado o alcance da mão de uma pessoa.

POTENCIAL DE TOQUE

É a diferença entre o ponto da estrutura metálica situado ao alcance da mão de uma pessoa e um ponto no chão situado a 1M da base da estrutura. 

Vtoque = ( Rch + Rc / 2) x Ichoque

Rch – Resistência do corpo humano a 1000 Ohms

Rc – Resistência de contato igual a 3ps

Ichoque – Corrente de choque pel corpo humano

R1 e R2 –  Resistência dos trechos calculados

A fórmula pode ser simplificada a: Vtoque = ( 1000 +1,5ps) x Ichoque

                             

POTENCIAL DE PASSO

É a diferença de potencial entre os dois pés de uma pessoa e ocorre quando os membros de apoio (pés) aparecem diferenças de potencial. Isto pode acontecer quando os membros se encontrarem sobre linhas equipotenciais diferentes que são formadas quando da descargas na superfície do solo. A expressão é: 

Vpasso: ( Rch + 2 Rc ) x Ichoque      Será       Vpasso = ( 1000 + 6ps) x Ichoque

Onde RC = 3ps

 

MEMORIAL DE CÁLCULO DOS MATERIAIS

Os materiais empregados nos aterramentos devem ser resistentes à corrosão e sua durabilidade no solo deve ser, sempre que possível, compatível com a vida útil da linha de transmissão (NBR 5422/1985). A resistência de aterramento (R) de um condutor enterrado horizontalmente no solo é dada pela seguinte expressão:

P (m) – Profundidade do condutor enterrado

L(m) – Comprimento total do condutor

R(m) – Raio equivalente do condutor

Pa – Resistividade aparente do solo

 

DIMENSÃO DO CONTRAPESO

O comprimento do cabo contrapeso por perna a ser aplicado no aterramento toma-se como base os valores de resistividade do solo local. Adota-se costumeiramente uma tabela, que tem como fonte a TR-035/80 – CTEEP.

A Norma TR 61400-24 menciona que cabos lançados como aterramento com extensão maior que 50 metros, além de uma alta indutância também se eleva a sua impedância.

 

GEOMETRIA DO ATERRAMENTO

a) Prolongado ou contínuo: também conhecido como contrapeso contínuo, constituído de um e, às vezes, de vários condutores cilíndricos contínuos enterrados no solo ao longo da linha de transmissão e conectados nos pés de cada torre.

OBJETIVOS DO SISTEMA DE ATERRAMENTO

a) Tornar a resistência de aterramento mais baixa possível para as correntes provenientes de falta à terra;

b) Manter potenciais produzidos por correntes de falta entre valores que não provoquem a fibrilação do coração humano;

c) Propiciar um caminho adequado para escoar à terra descargas atmosféricas. As torres (suportes) de uma linha de transmissão devem ser aterradas de maneira a tornar a resistência de aterramento compatível com o desempenho desejado e a segurança de terceiros.

d) O aterramento deve se restringir a faixa de segurança da linha de transmissão.

CONCLUSÃO DO ASSUNTO

Quando o assunto é aterramento de linha de transmissão a melhor forma de se obter êxito é realizar um bom estudo de aterramento levando em consideração todo o sistema e normas técnicas vigentes nacionais e internacionais.

 

 

CRÉDITOS

Eng. Wagner Franklin – FAW7 

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